domingo, 15 de maio de 2022

Ensaio fotográfico: Traje Brasilis

Juliana Lopes - moda do século XVIII

    Para registrar o resultado final do meu projeto do Traje Brasilis, fiz um ensaio fotográfico. Por conta da pandemia fiquei um bom tempo sem usar trajes históricos e fazer isso de novo foi uma experiência ótima! Fiz essas fotos com a Adrielle Girodo (https://www.instagram.com/adriellegirodofotografia/), cujo foco na fotografia também é o resgate de outras épocas, o que acho que combinou super! Sem mais delongas, seguem as fotos, espero que gostem: 

traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

juliana lopes traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

juliana lopes traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

juliana lopes traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

juliana lopes traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

juliana lopes traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

Também fotografei com a minha chemise a la reine, que eu já tinha por aqui: 

juliana lopes traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

juliana lopes traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

juliana lopes traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

juliana lopes traje brasilis - moda brasileira do século XVIII

 Adorei tando essas fotos que já fico ansiosa pra fazer mais um ensaio assim. Quem sabe em breve? 

Até a próxima! 

    Ps.: Peço que não compartilhem as fotos sem minha permissão, por favor. Mas caso deseje é só entrar em contato e referenciar a mim e a fotógrafa.


Patricínio: women dresses 

sábado, 15 de janeiro de 2022

Uma breve história da renda no ocidente

 "[as rendas] são muito mais que um fazer artesanal feminino desenvolvido ao longo dos séculos e culturas ocidentais. Elas são uma rica fonte de conhecimento, poesia e inspiração para inovação em vários campos, como os de têxteis, arte, arquitetura e design. " Vera Felippi

    Hoje as rendas são uma parte corriqueira do nosso vestuário e é possível encontrá-las facilmente em armarinhos, mas você já se perguntou como elas surgiram e se popularizaram? Hoje trago uma breve história de como a produção de renda se desenvolveu no ocidente. 

renda Cutwork italiano do século XVI
Cutwork italiano do século XVI

    Embora existam registros de trabalhos manuais como o bordado desde a antiguidade, o desenvolvimento da renda se deu a partir do século XV. Uma das primeiras técnicas para a sua produção consistia em bordar o tecido primeiramente e então recortá-lo em pontos estratégicos, formando um desenho vazado, conhecido em inglês como cutwork. 

    Assim que é desenvolvida a renda passa a aparecer no vestuário enfeitando roupas no lugar dos bordados ou complementando-os. Inicialmente, as principais técnicas eram a renda de agulha (que é feita a partir de um fio contínuo) e a de bilros (com os desenhos feitos a partir de vários fios). Os principais materiais utilizados inicialmente eram o linho, ouro e a seda. 


Detalhe de Venus, from the Seven Planets and ages of men, de Adriaen Collaert
Detalhe de Venus, from the Seven Planets and ages of men, de Adriaen Collaert

    Os primeiros países a desenvolverem esse tipo de renda são a França e Itália, mas a partir dos séculos XVI e XVII cada país desenvolve sua própria técnica para a produção de renda. Por exemplo, os conventos italianos eram os principais na produção de rendas de agulha. Já a Holanda tinha uma preferência maior pelas rendas que formavam os rufos. Alemanha e Inglaterra também eram grandes produtoras de na época. Desde o início, a produção de renda era muito associada às mulheres, que eram as principais responsáveis pelo desenvolvimento dos trabalhos manuais.


Punto in aria, que decoravam os rufos europeus no século XVI
 Punto in aria, que decoravam os rufos europeus no século XVI. Um único rufo poderia usar até 23 metros de renda. 

    No século XVII temos uma preferência ainda maior por rendas, que decoram as golas e punhos das roupas, principalmente. O seu uso era comum tanto por homem quanto por mulheres. Por ter uma produção extremamente demorada e intrincada, era a parte mais cara do vestuário e utilizada principalmente pela aristocracia. 


Detalhe de um retrato de George Villiers, o 1o duque de Buckingham
Detalhe de um retrato de George Villiers, o 1o duque de Buckingham

    A grande procura pelas rendas causou até mesmo o contrabando das mesmas, decorrente de proibições comerciais relacionadas à importação em países como a Inglaterra e a França. Existem vários registros no século XVIII de revistas de autoridades em procura de rendas contrabandeadas em casas, ateliês e até mesmo caixões!

    A Guerra de Sucessão Espanhola (1702-1714) freou a produção de rendas em vários pontos dos países europeus, impactando a economia dos lugares em que a peça era uma commoditie importante, como a França. Após esse embate, a França voltou a utilizar as rendas na ornamentação dos vestidos e esse uso se manteve presente até o fim do século, quando ocorre a Revolução Francesa e a moda passa a ser mais simples, rejeitando ornamentos relacionados à nobreza.

    As rendas então caem em desuso até o início do século XIX, quando Napoleão ascende ao poder e passa a adornar suas roupas com rendas, popularizando alguns tipos, como a renda d'Aleçon

 

Renda d'aleçon
Renda d'aleçon

    No Brasil, a chegada de D. João VI em 1808 aumentou a demanda pela produção de rendas por conta do maior número de eventos sociais, que influenciaram a elite a fazer uso de peças de roupas mais elaboradas. A importação de renda francesa também era muito comum, assim como revistas de moda,  por onde mulheres da elite aprendiam as técnicas para produzir rendas manuais. O uso das rendas de bilros no país é antigo, mas não há muitos registros formais de quando ela passou a ser utilizada. O ensino das técnicas eram feito de forma informal, em casa, para as moças da família ou criadas. 

    A Revolução Industrial do século XIX traz também o início da produção de rendas produzidas de forma mecânica. A Inglaterra surge com uma máquina em 1808, a Bobbinet, que foi a primeira a utilizar fios de algodão. No início, essas máquinas produziam redes que eram ornamentadas à mão, mas posteriormente foram inventadas versões que também bordavam as rendas. Até rendas famosas por serem feitas à mão, como a Chantilly, passaram a ser produzidas também de forma industrial. 


tear de renda do século XIX
Tear de renda industrial do século XIX

    Essa mudança impactou diretamente as mulheres que produziam rendas manuais, que tiverem seus empregos ameaçados e seus salários diminuídos. Em contrapartida, essa maior produção facilitou o acesso às rendas por classes menos abastadas. 

    No fim do século XIX popularizam-se as rendas químicas, que eram produzidas com uma técnica em que o motivo é bordado em um tecido que posteriormente é removido com processos químicos, deixando somente o desenho vazado. 


Decote de renda vitoriano
Decote de renda vitoriano produzido a partir da técnica de renda química

    No início do século XX ocorre a Belle Époque, movimento artístico que impactou a moda europeia onde o uso de rendas era intenso no vestuário feminino. Após algumas décadas, ela é tida por fora de moda por alguns estilistas famosos e cai em desuso. 

    A  produção das rendas manuais é impactada peça I e II Guerra mundial, as Guerras Civis Espanholas e a Crise Financeira de 1929, eventos que também tiraram muitas mulheres dos lares para assumirem postos no mercado de trabalho. A partir disso, a renda manual se torna mais um ofício mais raro, utilizado como lazer.

    O século XX também traz as fibras sintéticas a partir da década de 1930s utilizados em teares como Raschel, que são utilizados até hoje na moda. 

renda raschel
Renda do tipo raschel 

    Espero que a leitura desse texto tenha despertado curiosidade acerca do assunto e que vocês tenham aprendido um pouco aqui. Pra quem quiser se aprofundar, recomendo fortemente os livros citados nas referências. 

    Fico à disposição para ler outras sugestões de temas pra coluna de história da moda aqui no blog, que outros assuntos você gostaria que eu abordasse nesse formato? 

Até! 

Principais referências: 

Decifrando rendas, Vera Felippi 

History of lace, Bury Palliser 

Lace, a Sumptuous history, SFO Museum 


Patricínio: bolsas femininas 

domingo, 3 de outubro de 2021

Fazendo uma saia-calça 1940s

saia calça vintage 1940s

    Não é tão comum eu postar aqui sobre meus projetos do século XX mas resolvi compartilhar esse. É uma saia-calça que fiz baseada em um modelo de 1940s, mas que é possível ver cortes semelhantes sendo usados até hoje! 

Modelo e referências

saia calça 1940s

    Minha principal referência foi o modelo que aparecia no manual d'O Corte Certo, cuja primeira edição data de 1948. Mas pesquisando encontrei modelos da década de 30 muito semelhantes, e apesar de um deles ter um corte diferente, ainda me deu ideias em relação a que cor usar. 

Modelagem e corte 

saia calça 1940s molde

    Para a modelagem eu segui os passos do manual. As únicas diferenças foram a abertura do gancho, que tracei baseado em um outro passo a passo do mesmo livro, e a largura das pernas, que fiz com um pouco de evasê. Também preferi fazer as abas dos bolsos mais arredondadas, e com uma vista. 

saia calça 1940s corte

Processo de confecção 

    O tecido que utilizei pra fazer foi uma viscose sarjada. A primeira coisa que fiz foi aplicar os bolsos na parte da frente. 

saia calça vintage 1940s costura

saia calça vintage 1940s pregas

    Depois uni os lados do gancho na frente e nas costas com costura francesa. Então, fiz as pregas em cada peça. 

saia calça vintage 1940s

    Para fechar uni uma das laterais com costura francesa e a outra com uma costura reta com as bordas finalizadas em barra de lenço e então apliquei o zíper. 

saia calça vintage 1940s

    Os últimos passos foram a união do entrepernas, barras e aplicação do cós. Para decorar eu coloquei botões de massa nos bolsos e para fechar o cós, que é entretelado. Para fechar o cós usei ganchinhos costurados. 

Resultado final 


    Gostei bastante do resultado final! A única coisa que me incomodou foi que resolvi testar um jeito novo de colocar zíper e ele ficou meio volumoso, haha. Mas consegui disfarçar depois, ao menos. Com certeza um peça que eu faria novamente, mudando tecidos, comprimentos e etc.

    Ainda preciso tirar boas fotos dessa peça, aí atualizo aqui.

Referências 

O Corte Certo - Método Racional de corte. Iracema F. Mota 

Tania Sewlong - Megan Nielsen 

Extra:

No canal saiu um vídeo mostrando como fiz a camisa dessas fotos, confira aqui: 


Patricinio: bolsas femininas 

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Traje Brasilis: Fazendo um traje brasileiro 1780s

Fazendo um traje brasileiro 1780s

    Voltamos com atualizações do Traje Brasilis! Mudando um pouco a ordem proposta no Projeto de Pesquisa, irei começar com o relato de como eu fiz o traje exterior. Acredita-se que o Carlos Julião passou pelo Brasil durante a década de 1780s e o estilo das roupas também indicam isso. Pra fazer meu traje levei em consideração não só a ilustração do artista mas também peças semelhantes, encontradas em acervos de museus ou outras pinturas da época. Acompanhe como foi o processo: 


 Modelo e referências

Carlos Julião, prancha XXII
Carlos Julião

    A figurinha que peguei para reproduzir é a número 3, que está na prancha XXII. O traje é composto por saia, jaqueta, fichu, egangeantes, e o capote, além de acessórios menores. Ao que tudo indica, ele era o traje de uma mulher de classe média que vivia em um ambiente urbano. Na mesma página aparece a mesma personagem em diferentes trajes. 


Molde e corte: 

Molde jaqueta século XVIII
Digital Museum

    O molde da saia são dois painéis retangulares, como eram as da época. Na ilustração a jaqueta aparenta ter um recorte na linha da cintura, mas eu não achei exemplos de museus que tivessem um efeito parecido, então optei pelos babados formados a partir de nesgas. O molde da jaqueta é baseado em dois modelos de museus, o Digital Museum e o Victoria and Albert Museum. Tracei o meu baseado nesses dois, adaptando pras minhas medidas e acrescentando uma nesga na parte da frente pra realçar o efeito de 'babados'. 

    O fichu é um corte triangular, me baseei no molde do American Ducchess mas tive que aumentar alguns centímetros pra ficar como eu queria. O capote é basicamente um corte de 2m por 1,5m, drapeado no meu corpo com a ajuda de um cordão na cintura. 

    O molde das egangeantes foi desenvolvido por mim, baseado em alguns modelos de museus que foram preservados descosturados. 

Costura e acabamentos:

    A ideia era que o traje fosse o mais historicamente possível em seu visual, então todas as costuras externas foram feitas à mão utilizando pontos históricos, e as internas na máquina de costura para poupar tempo. 

Jaqueta

Jaquetas século XVIII
Digital Museum e Victoria and Albert Museum

    A jaqueta é feita em viscolinho, com forro em viscose. Montei a jaqueta primeiro aplicando as nesgas na parte da frente, reforçando por dentro com entretela e por fora com um reforço do mesmo tecido. Depois uni as laterais, passei a costura e apliquei a manga. O processo do forro foi o mesmo, mas acrescentei um pedaço maior de entretela e coloquei uma tira com ilhoses pra fechar com amarração na frente. Uni as duas partes à mão usando um ponto da época. 

Processo de costura jaqueta século XVIII


Saia 

saias século XVIII
Digital Museum, Modemuze

    A saia é feita no mesmo tecido que a jaqueta, e a construção é bem simples. Primeiro uni as laterais com costura francesa, deixando uns 20cm na parte de cima aberto pra alcançar o bolso, essa parte eu finalizei com pontos à mão. Depois pregueei a frente e costas para que cada parte ficasse um pouco maior que 1/2 da minha cintura, e então apliquei o cós e as fitas de gorgurão. A barra também foi feita à mão, em ponto corrido. 

Processo de costura saia século xviii

Fichu

Fichus
Met Museum e DeWitt Wallace Decorative Arts Museum 

    O fichu é feito em uma tricoline beeem levinha, e a única coisa que fiz foi fazer a barra nela, também usando ponto corrido à mão. 

Processo de costura lenço século XVIII


Capote/capelo 

Capotes e capelos açorianos século XVIII
Duche de Farney, Duche de Vancy, Carlos Julião

    Historicamente, os capotes açorianos seriam feitos em lã, mas escolhi uma viscose que tinha um aspecto semelhante a uma lã fria. Resolvi utilizá-lo de forma drapeada, como nas referências que vi. Fiz a barra no tecido e acabei nem fotografando o processo, e então drapeei no meu corpo na hora de vestir, usando um cadarço. 

Egangeantes

egangeantes século XVIII
Augusta Auctions, LACMA

    Para as egangeantes eu utilizei uma lese de algodão, já que minhas habilidades de bordado não eram suficiente para bordar o tecido do zero, rs. O molde foi feito à mão livre, levando em consideração o formato que eu via nas peças de museus e alguns testes que fiz para ver se o resultado me agradava. Então, cortei o molde no tecido e recortei os bicos da renda para simular um barrado bordado. Para fechar a peça, franzi a parte de cima, apliquei os punhos, passei um elástico por dentro e então fechei as laterais com costura francesa. 

processo de costura egangeantes século XVIII

    Os outros acessórios menores eram as pulseiras e colares de contas pretas, que fiz aqui passando as contas em fios de silicone, e colocando ganchos pra fechar o colar. No cabelo usei um retalho de tecido azul pra fazer uma faixa, costurada como um 'tubo'. 

Resultado final: 

Traje Brasilis - vestindo a moda do brasil do século XVIII

    Eu gostei bastante do resultado! Fiquei satisfeita com as escolhas que fiz, porque ainda que eu tenha tido que fazer escolhas que diferenciavam um pouco do desenho, me baseei em exemplos históricos então acho que ficou um conjunto plausível, consigo realmente imaginar que seria algo usado por uma mulher comum no Brasil do Século XVIII. O que eu mudaria é a jaqueta, que faria um pouco mais justa na cintura, e talvez aplicar as nesgas utilizando outra técnica. No mais, acho que valeu a experiência e não vejo a hora de poder usar esse traje em algum evento. 

    Espero que vocês tenham gostado! Em breve, terá um vídeo no meu canal mostrando também o processo, e outros conteúdos relacionados a esse projeto. 

Para saber mais: 

270 anos da presença açoriana em Santa Catarina  

Como uma mulher se vestia no século XVIII 

Recriação histórica aplicada à história da moda

Glossário: Saias e anáguas 

Principais referências: 

A History of Costume, Carl Köhler

American Guide to 18th century sewing, Abby Cox e Lauren Stowell

Costume in detail:1730-1930, Nancy Bradfield

Para vestir a cena contemporânea: moldes e moda no Brasil do século XVIII, Fausto Viana 

Riscos illuminados de figurinhos de brancos e negros dos uzos do Rio de Janeiro e Serro do Frio, Lygia Fonseca Fernandes da Cunha

1780s, The maids and mistresses short gowns - The Eye of the Needle 

A mulher do capote - Made in Azores 

Figurinhas de brancos e negros: Carlos Julião e o mundo colonial português - Teses USP

sábado, 29 de maio de 2021

Ensaio fotográfico: Passeio Steampunk

    Em 2019 participei de um passeio de Maria Fumaça promovido pela comunidade steampunk de Campinas, aqui em São Paulo. Adoro a literatura fantástica e ficção científica então steampunk é um assunto que me interessa também. Além do passeio tivemos algumas atividades como palestras, apresentações...e eu até mesmo falei um pouco sobre como montar o figurino pra um personagem steampunk! 

    Estando com um traje de passeio vitoriano 1890s e ao lado de uma Maria Fumaça da época bom...tirar algumas fotos foi inevitável, haha. Deixo abaixo minhas favoritas: 

Fotos por Danielle Gressoni

traje de passeio 1890s - ensaio steampunk

traje de passeio 1890s - ensaio steampunk

traje de passeio vitoriano 1890s - ensaio steampunk

traje de passeio vitoriano 1890s - ensaio steampunk

traje de passeio vitoriano 1890s - ensaio steampunk

Fotos por Debora Puppet

traje de passeio vitoriano 1890s - ensaio steampunk

traje de passeio vitoriano 1890s - ensaio steampunk

traje de passeio vitoriano 1890s - ensaio steampunk

traje de passeio vitoriano 1890s - ensaio steampunk

   Eu adorei as fotos desse dia, não sei porque demorei tanto para compartilhá-las por aqui. Espero que você também tenham gostado. Não vejo a hora de poder voltar a fotografar assim... 

    Até a próxima! 

    Ps.: Peço que não compartilhem as fotos sem minha permissão, por favor. Mas caso deseje é só entrar em contato!